Dia 2: O

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Dec 18, 2023

Dia 2: O

No ano passado, Babulfath venceu as competições europeias, mas ficou uma posição abaixo de seu objetivo, tornando-se medalhista de prata mundial em Sarajevo. Aqui em Zagreb ela tinha contas a acertar após as primeiras rodadas

No ano passado, Babulfath venceu as competições europeias, mas ficou uma posição abaixo de seu objetivo, tornando-se medalhista de prata mundial em Sarajevo. Aqui em Zagreb ela tinha contas a acertar depois das primeiras rodadas e parecia perfeitamente no caminho certo.

Sua primeira disputa do dia, no segundo turno, foi um empate infeliz para Tara ou para o judoca japonês não classificado, Hatayama. Muitos dos japoneses que competem em Zagreb não têm outra referência no -18 World Tour, mas chegam com um judô altamente técnico e com as bases para vencer agora e no futuro. Babulfath está em outro campeonato e nem mesmo os japoneses conseguiram lidar com sua presença madura e capaz.

Uma vez resolvido o desafio japonês, parecia uma corrida clara ao ouro para o sueco. Esse não foi o caso, já que o judô em todos os níveis sempre apresentará anomalias, oportunidades, quantidades desconhecidas e impressionantes demonstrações artísticas de coragem. Babulfath não imaginava encontrar o amigo Diaz Hernandez (ESP) na semifinal. Eles se conhecem bem e o lutador espanhol não estava preparado para aceitar a derrota. Ela trabalhou, como qualquer judoca deve fazer e venceu nos pênaltis, com cuidado, método e habilidade. Babulfath foi rebaixado à disputa pela medalha de bronze, não alcançando a primeira posição, pelo segundo ano consecutivo.

O encontro com Diaz Hernandez na final foi Miroshnichenko (UKR), sem sementes e imperturbável. Em cada rodada, ela não perdeu tempo para entrar no ritmo. Os competidores da categoria -48 kg não fizeram pesquisas porque esta ucraniana é bastante conhecida nos -44 kg, com 6 medalhas no Tour em seu currículo.

Na posição desconfortável de enfrentar Babulfath pelo bronze estava a promissora uzbeque Zarina Jamalova, a potência determinada que conquistou o segundo lugar no início do dia e só foi derrotada nas quartas-de-final por Jamsran (MGL), cujo a última disputa do dia seria pela outra medalha de bronze.

Jamsran liderou por waza-ari em sua luta pela medalha contra o Storione (ITA) até o último segundo, sob a pressão dos pênaltis, mas resistindo à tempestade. A italiana não deixou sua energia cair e aos 3:59 do relógio ela acertou um ko-uchi-gari lindamente colocado sob o mongol e marcou ippon. Esta foi uma excelente demonstração de perseverança.

Babulfath e Jamalova foram então para o tatame. Cada um atacou, cada um evitou, mas a diferença clara foi a fase de transição de cada troca. A judoca sueca é conhecida pela habilidade no solo e por esta medalha deu tudo de si, segurando o uzbeque por ippon. Ela e sua treinadora, a campeã mundial de 1980, Jane Bridge, acenaram com a cabeça e completaram o dia. É um final de tribuna, mesmo que não seja o que ela planejou.

Na final, a ucraniana cumpriu a promessa feita na categoria inferior ao lançar para waza-ari contra Diaz Hernandez logo no início. Parecia que ela também iria segurar o placar, mas a espanhola tinha outras ideias e usou um turnover paciente e aplicado com excelência para encontrar um caminho diferente para o ippon e se tornar campeã mundial de cadetes.

Após receber a medalha de ouro, Diaz Hernandez disse: “No início do dia só pensei na primeira luta e depois passei a pensar na próxima. Essa foi a minha maneira de pegar o ouro. Aproveitei muito o dia, pois é minha última competição de cadetes e terminei muito bem com o final de ano mais forte.”

Espanha desafia as probabilidades - Aitana Diaz Hernandez 🇪🇸🥇Siga toda a ação em https://t.co/vnVSOXSCT5 📺#JudoCadetes #Zagreb #Croácia #Sport #Judo pic.twitter.com/neXyfdvrtp

Alyssia Poulange (FRA) é o grande nome com -52 kg. Ela é a atual campeã europeia de cadetes e conquistou medalhas em todas as provas em que participou este ano. Ela está fazendo um progresso perfeito, tendo conquistado o bronze nas competições continentais do ano passado e ficado em 7º lugar no Mundial de 2022. Para chegar às quartas de final ela teve que ultrapassar a companheira de equipe Alicia Marques, também cabeça de chave, e ela conseguiu.

A egípcia Nada Fayiz Ali foi a segunda cabeça-de-chave da categoria, mas se sentiu na primeira barreira para a coreana Jiho Baek. O coreano perdeu então para Toszegi (GER), que chegou à semifinal sem muitos problemas.